quinta-feira, 10 de abril de 2008

Tiragostos em Conserva


Noutro dia um convidado me parou no meio do 'butiquim' pra me perguntar sobre a receita de uma conserva de jiló, acepipe que ele adora. Não sou culinarista de TV, nem tampouco um desses vaidosos e renomados chefs que vivem por ai a demonstrar o seu conhecimento gastronômico. Meu negócio é cozinhar com diversão, e fazer gostoso aquilo que faço em casa pros meus amigos.
Mas... Vai lá! Tem aquele toque que a gente dá a comida e torna uma receita manjada diferente das outras.
Conserva todo mundo sabe fazer: vinagre, sal, açúcar e legumes escolhidos a dedo, sem manchas ou agressões da natureza.
Nas minhas além destes ingredientes entra um pouco de glutamato monossódico, o famoso "ajinomoto". Gosto de usar sal marinho e açucar na proporção inversa do sôro caseiro, se é que me entendem.
Como não demoro muito tempo pra usar a conserva, e o que levo pro 'butiquim' geralmente não volta não me excedo muito nos cuidados do preparo para que a conserva dure muito tempo, como levar os legumes a cozer dentro dos vidros e depois dar um choque térmico.
Apenas dou um cozimento com a água, fervendo e temperada com o vinagre, o sal, o açúcar e o glutamato, que dura algo em torno de 5 minutos. Daí ponho-os no vidro, acrescento um condimento ou erva - no caso do jiló, cebola seca -, e jogo a água fervida e temperada por cima, rosqueando bem a tampa.
Agora o toque: use o vinagre a gosto, sem excesso pra não transformar o que seria um delicioso tiragosto em um picles, o que pra mim é um outro tipo de petisco. Mas se quer picles, ai vai a proporção da salmoura:
- 1 parte de vinagre
- 2 partes de água
- 2% do líquido de sal
- 4% do líquido de açúcar
O resto é o ritual para fazer durar.