Com a PEC das domésticas vai tocar terror na casa de muita
gente.
Acredita-se que haverá desemprego, em minha opinião, nada
assustador.
A maioria dos meu clientes - profissionais liberais,
comerciantes, funcionários de estatais e multinacionais -, já tem de 1 a 2
empregados domésticos, todos regulados e com direitos. Alguns incentivados
pelos patrões ao estudo, a mudarem de vida.
O problema será com as classes B-C, que precisa trabalhar e
não tem quem organize a casa, ou a vida das crianças, num país de estado
omisso.
Mas estes em geral têm vovozonas que dariam a vida para
ocupar seu tempo com um filho ou neto, ou parentes distantes e menos
favorecidos pela sorte que podem socorrê-los.
Creio que a questão dos direitos deve-se mais a letargia e
acomodação de algumas empregadas(os) do que propriamente a usura do patronato.
Muito mudou nessa relação de uns anos para cá.
Agora ficará mais difícil a extensão do trabalho doméstico após
o horário. Com 50% de hora extra muitos irão chiar, embora cerca de R$ 1,50 a
mais na hora seja uma merreca. Com adicional noturno então...
Para os gestores do setor de A&B que atuam
intensivamente uma mudança também irá ocorrer, com todos os funcionários
exigindo direitos trabalhistas. Aumentarão as questões judiciais, pode crer!
Recomendo desde já a formação de um "quase" setor
jurídico, com aconselhamento constante e redação de contratos pormenorizados.
Creio também que a prestação de serviço externo nesse setor
ficará bem mais organizada com a exigência de cumprimento o mais fiel possível
do contrato.
Padeço com certa bagunça do setor, do tipo "finja que
faz que eu finjo que não vejo", que me leva a ser chato e exigente nas
minhas contratações. Muitos não gostam e vivem se apegando a
"pegadinhas" que constantemente temos que evitar e correr.
Com isso a profissionalização deverá melhorar, com uma
constante troca de profissionais domésticos com profissionais de A&B.
Vamos esperar para ver.
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