domingo, 3 de fevereiro de 2013

A Loteria do Novo


Hoje o Estado aborda dois temas que me afligem: a sazonalidade e a construção do preço.

Depois de sete anos de atividade descobri que o meu produto (ou serviço) padece de um mal pouco comum.

Durante sete meses do ano sou consumido por uma público de determinada classe social. Nos outros cinco meses por outro, de um outro segmento.

E ai, como é que eu faço?

Nos sete meses  mais fortes o público que consome, pertence a uma classe que considera em suas decisões de consumo coisas menos tangíveis ao dia a dia do cidadão comum, como conceito de marca e tradição.

Já o outro mira o bolso, a época do ano em que tem um "up" financeiro, e em que toda e qualquer decisão está ligada ao verão (não vendo picolé) e festa, na acepção mais comum da palavra.

Fosse o meu produto um brigadeiro estaria ferrado. A classe mais baixa sabe fazer, e não pagaria uma fortuna por uma porção pequena numa festa de aniversário, por exemplo.

"Porque gastar X se com Y eu consigo fazer 5 vezes mais que isso"? Certamente seria a pergunta na sua decisão.

Verifiquei então que algumas marcas tinham segmentos e divisões voltados para todos. E que estes produtos eram encontrados em uma determinada gôndola de supermercado e em outras não.
Tudo bem, dividi meus produtos e apresentei-os separadamente por marcas e, no caso, sites.

Mas e o preço? Como formar? Para o primeiro segmento era fácil, mas para o segundo não. 

De nada adiantaria uma consultoria, pois por se tratar de uma produto em que todo mundo se acha um expert, como brigadeiro, por exemplo, a concorrência certamente jogaria no chão qualquer equação simples de CF + CV + Margem de Lucro.

Ai o que vale mesmo é a loteria, e procurar pelo preço que o consumidor está disposto a pagar por aquilo, e também sair do retrovisor da concorrência, criando um produto ou conceito inovador.

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